SER
FELIZ OU TER RAZÃO?
Certa
vez uma pessoa muito sábia disse: “O que é melhor, ser feliz ou ter razão?
Desse dia em diante essa frase vem sendo insistentemente repetida no meu
ambiente de trabalho (uma Vara de Família). Mas a grande verdade é que eu nunca
tinha parado pra pensar nisso. Num lugar onde o que é bom está à beira do fim,
eu consegui tirar uma lição pra minha vida.
A
gente sempre perde muito tempo da nossa vida lutando atrás de um sentimento
momentâneo e pequeno, se comparado a outros: “o prazer de ter razão”.
Vocês
já pensaram no desgaste que a busca pelo reconhecimento de “estar certo” nos
causa? Anos são perdidos, pessoas se vão da nossa vida, pela simples
necessidade que temos de poder dizer: “eu estava certo”.
Digo
isso porque sempre busquei esse sentimento.
Se
pararmos para pensar no tempo que a felicidade ficou em segundo plano,
chegaremos à conclusão de que oitenta por cento da nossa vida foi jogada fora.
E a
felicidade? Onde fica? É meus amigos, se empenhássemos a força que usamos para
buscar ter razão em sermos felizes o mundo seria um lugar bem melhor.
Eu,
no topo dos meus trinta um, quase trinta e dois anos, resolvi que quero ser
feliz, de uma vez por todas.
Para
isso, renunciei uma coisa que sempre imaginei ser essencial: “estar sempre
certo”. Não tenho mais tempo pra isso, minha saúde não aguenta mais. Sofri
muito com isso e hoje quero mais para minha vida. Quero enxergar as coisas de
outro jeito. Não estou dizendo que isso seja fácil, mas eu me permiti tentar,
enquanto ainda tenho tempo.
Imagine
um homem no topo de uma montanha, rodeado por pedras e mais nada. Na sua mão
uma placa escrito: “tá vendo, eu disse que conseguiria”. Atrás dele,
quilômetros abaixo do topo da montanha, uma pequena cidade onde todos são
felizes. Nessa cidade, esse homem é conhecido como aquele que “um dia disse que
escalaria aquela montanha, nem que isso levasse a vida inteira”. Hoje, já sem
forças pra voltar, jaz ali, no topo daquela montanha aquele homem que, por fim,
conseguiu a escalada, quando todos diziam que era bobagem e que o que ele
precisava estava ali, longe do topo.
Sozinho
ele está, com sua razão, com o sentimento de ter a razão, de estar certo. Mas
feliz? Não.
Antes
que eu fique como esse homem, sozinho, velho, cansado, rodeado por pedras e sem
força para voltar atrás, eu decido ser feliz.
Que
se dane a razão, no fim das contas, ninguém a detém por inteiro.
Mas
a felicidade, essa sim é possível ter por inteiro ou, no mínimo em proporção
maior.
Eu
decido seguir esse caminho e, ainda que eu não esteja “certo” nisso que digo,
pergunto a você meu amigo:
“O
que você prefere: ser feliz ou ter razão?”
Penso ainda, que alguns não se contentam com um ou outro, querem tudo. Já são felizes ou tem condições para isso e mesmo assim brigam por uma razão desnecessária, que não os farão mais felizes e que, em alguns casos, fará a infelicidade de outros.
ResponderExcluirCaro(a) Amigo(a).
ExcluirVoce tem toda a razão. Muita gente perde a vida atrás de uma razão idiota que trará apenas um contentamento momentaneo, passageiro. Depois que passa a gente percebe o quanto de vida escapou por entre os dedos atrás de semelhante loucura. Eu optei por ser feliz, por tentar pelo menos. O resto é resto. Obrigado pelas palavras. Abraço