quinta-feira, 5 de julho de 2012

“ASAS DE CERA”





A gente constrói a nossa vida com base nas nossas atitudes e desenvolve nosso caminho a partir disso.

Algumas pessoas tentam fugir disso tudo ou, ainda, alçam voos tão altos que a queda é inevitável.

Ao longo de nossa vida, desde os primeiros dias de existência até o “inverno” da idade, desenvolvemos a necessidade de querer sempre mais, de poder voar e, para isso, para fugir da prisão que é a vida (para alguns), usamos de artifícios nem sempre seguros ou confiáveis.

Para isso, construímos, a exemplo de Ícaro, asas de cera para que consigamos, dessa forma, transpor os muros da limitação.

Mas assim como Ícaro, o ser humano não estava contando com os contratempos.

O ser humano não aprendeu ainda que nossas asas são de cera e, quanto mais voamos perto do sol, mais forte fica a probabilidade de cairmos e não voltarmos mais a ser o que éramos antes e que talvez ficar dentro do muro fosse, naquele momento, o mais seguro.

Partindo dessa premissa, concito-vos a pensarem comigo:

Seria mesmo uma necessidade premente sairmos de uma zona de conforto para a morte, hipoteticamente falando?

Ou, ainda, seria justo ficarmos amargando o triste gosto da incerteza?

Pensem comigo.

Não estou eu aqui dizendo que devemos ficar, por medo de cair. Longe de mim pregar o comodismo! Pelo contrário.

Mas tomemos cuidado com os voos que alçamos e, para que isso seja um sucesso, devemos ter cautela e pensar bem como qual material construiremos nossas asas.

Com a cera dos sonhos, ou com o metal e a aerodinâmica da sensatez?

Digam-me vocês.

De mim só digo que estou escrevendo esse texto sentindo o calor infernal das asas derretidas nas minhas costas, pois voei muito perto do sol e hoje colho as consequências disso.

Resta saber se ainda tenho tempo para mais um voo.

Seria possível reconstruir minhas asas e voar de novo, sem medo do sol?

Não tenho a resposta para isso e não sei se tentaria de novo, pois a cera quente ainda maltrata minha pele.

Mas vocês que ainda não construíram suas asas, ou, se as construíram e não usaram, pensem bem se não seria interessante mudar o material.

O que vai ser: cera de sonhos ou metal de sensatez?

Agora é com você! Escolha sua asa e voe, mas pense bem. Dependendo da sua escolha, a queda é grande e as queimaduras incuráveis.




4 comentários:

  1. As vezes é preciso arriscar, indiferente do que suas asas são feitas. Acertando ou errando é o único modo de viver.
    Errando a gente aprende, mesmo que causem feridas incuráveis, só assim, não cometemos o mesmo erro.
    E acertando é sinal que estamos no caminho para ser feliz....
    Adorei seu texto, parabéns o blog está show!
    Suli

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    1. Grande Suli! Obrigado pelas palavras! Você tem razão, errando a gente aprende a viver e sofrendo a gente sente a grade dádiva que nos foi dada: a humanidade! Beijo e valeu pelo apoio

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  2. O sonho sempre vale a pena...
    Refaça suas asas, cure suas feridas e volte a voar!
    Seja feliz!!!

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    1. Caro(a) amigo(a):
      Obrigado pelas palavras e concordo que o sonho sempre vale a pena. Só é preciso ter certa cautela no "sonhar" para que esse "sonhar" não vire a última esperança. Mas sempre é tempo de refazer nossas asas e renascer como a Fênix, renovada e pronta para os novos desafios que lhe são impostos! abraço e uma pena não ter deixado o nome!

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