“ASAS DE CERA”
A
gente constrói a nossa vida com base nas nossas atitudes e desenvolve nosso
caminho a partir disso.
Algumas
pessoas tentam fugir disso tudo ou, ainda, alçam voos tão altos que a queda é
inevitável.
Ao
longo de nossa vida, desde os primeiros dias de existência até o “inverno” da
idade, desenvolvemos a necessidade de querer sempre mais, de poder voar e, para
isso, para fugir da prisão que é a vida (para alguns), usamos de artifícios nem
sempre seguros ou confiáveis.
Para
isso, construímos, a exemplo de Ícaro, asas de cera para que consigamos, dessa
forma, transpor os muros da limitação.
Mas
assim como Ícaro, o ser humano não estava contando com os contratempos.
O
ser humano não aprendeu ainda que nossas asas são de cera e, quanto mais voamos
perto do sol, mais forte fica a probabilidade de cairmos e não voltarmos mais a
ser o que éramos antes e que talvez ficar dentro do muro fosse, naquele
momento, o mais seguro.
Partindo
dessa premissa, concito-vos a pensarem comigo:
Seria
mesmo uma necessidade premente sairmos de uma zona de conforto para a morte,
hipoteticamente falando?
Ou,
ainda, seria justo ficarmos amargando o triste gosto da incerteza?
Pensem
comigo.
Não
estou eu aqui dizendo que devemos ficar, por medo de cair. Longe de mim pregar
o comodismo! Pelo contrário.
Mas tomemos
cuidado com os voos que alçamos e, para que isso seja um sucesso, devemos ter
cautela e pensar bem como qual material construiremos nossas asas.
Com
a cera dos sonhos, ou com o metal e a aerodinâmica da sensatez?
Digam-me
vocês.
De
mim só digo que estou escrevendo esse texto sentindo o calor infernal das asas
derretidas nas minhas costas, pois voei muito perto do sol e hoje colho as consequências
disso.
Resta
saber se ainda tenho tempo para mais um voo.
Seria
possível reconstruir minhas asas e voar de novo, sem medo do sol?
Não
tenho a resposta para isso e não sei se tentaria de novo, pois a cera quente
ainda maltrata minha pele.
Mas
vocês que ainda não construíram suas asas, ou, se as construíram e não usaram,
pensem bem se não seria interessante mudar o material.
O
que vai ser: cera de sonhos ou metal de sensatez?
Agora é
com você! Escolha sua asa e voe, mas pense bem. Dependendo da sua escolha, a
queda é grande e as queimaduras incuráveis.
As vezes é preciso arriscar, indiferente do que suas asas são feitas. Acertando ou errando é o único modo de viver.
ResponderExcluirErrando a gente aprende, mesmo que causem feridas incuráveis, só assim, não cometemos o mesmo erro.
E acertando é sinal que estamos no caminho para ser feliz....
Adorei seu texto, parabéns o blog está show!
Suli
Grande Suli! Obrigado pelas palavras! Você tem razão, errando a gente aprende a viver e sofrendo a gente sente a grade dádiva que nos foi dada: a humanidade! Beijo e valeu pelo apoio
ExcluirO sonho sempre vale a pena...
ResponderExcluirRefaça suas asas, cure suas feridas e volte a voar!
Seja feliz!!!
Caro(a) amigo(a):
ExcluirObrigado pelas palavras e concordo que o sonho sempre vale a pena. Só é preciso ter certa cautela no "sonhar" para que esse "sonhar" não vire a última esperança. Mas sempre é tempo de refazer nossas asas e renascer como a Fênix, renovada e pronta para os novos desafios que lhe são impostos! abraço e uma pena não ter deixado o nome!