“O
ÚLTIMO REI LIVRE”
Eu
poderia escrever a respeito de milhares de coisas: amor, a falta dele, a perda
dele. Estórias épicas, fantásticas, suspense, sangue.
Eu
poderia, de fato... mas não hoje.
Contar-lhes-ei,
meus amigos, a triste vida de um monarca, em uma terra distante, governando
sozinho em seu trono frio e escuro: “o último rei livre”.
Por
qual razão seria ele o último?
Muito
simples: os tempos eram outros... a liberdade não tinha mais o significado que
muitos conheciam...
Mas
antes de falar sobre liberdade, contemos a história desse monarca.
Um
homem que vivia em um reino, sozinho... nesse reino não havia sequer uma
pessoa. Não havia exército, caso tivesse que defender suas fronteiras. Não
havia súditos para governar. Não havia assuntos reais para tratar. Não havia
corte para rodeá-lo nem família para amá-lo.
Mas
por que isso tudo?
Simples:
o homem escolheu ser livre!
Mas
o que poucas pessoas sabem é que a liberdade está atrelada a certa dose de
solidão.
Isso
mesmo: liberdade e solidão são palavras que estão intimamente ligadas.
O
rei era detentor de certos ideais que a maioria não aceitava, o que fez com que
ele perdesse seus súditos para reinos mais “atraentes”.
Ao
longo de sua vida ele foi percebendo que as pessoas não queriam suas ideias,
mas sim algo que fosse mais “coletivizado” mais atraente perante os olhos de
todos.
Por
essa razão, o detentor do poder de governo foi ficando cada vez mais isolado,
mas livre para pensar aquilo que quisesse.
Restou-lhe,
por fim, governar suas próprias idéias.
Meus
amigos, tal introito foi feito para descrever a vocês a minha concepção de
liberdade.
Vale
mesmo a pena ser livre hoje em dia?
Explico:
a liberdade é inversamente proporcional à necessidade de vida em coletividade.
A
partir do momento em que precisamos adotar certas atitudes para nos sentirmos
incluídos em um grupo, perdemos nossa liberdade, pois a entregamos para o
“espírito coletivo”.
Em
certas situações isso se torna necessário, como no meu caso que sempre abdiquei
de parte da minha liberdade visando enfrentar situações de conflito.
Não
estou aqui dizendo que ninguém deve dar o braço a torcer. NÃO É ISSO!!!
Liberdade
não significa, ainda, fincar o pé em ideais que parecem ter sentido só para nós
mesmos.
Mas
o que eu percebo hoje em dia é cada vez mais pessoas infelizes por não poderem
se livrar dos grilhões dessa maldita “nova ordem mundial” que dita todos os
comportamentos e pensamentos que devemos ter.
Liberdade,
no meu modo de ver, é poder gostar de um estilo de música sem ser criticado,
poder vestir uma roupa sem ser humilhado, poder manifestar seu pensamento sem
ser achincalhado.
Mas
não é bem assim que funciona.
Cada
vez mais as músicas são mais iguais, as roupas também e o pensamento vem
desaparecendo cada vez mais.
Hoje
o que podemos perceber é que o espírito coletivo vem ditando as normas de
comportamento de boa parte das pessoas, incutindo no cérebro delas o desprezo
pelo que não se encaixa nesse novo ordenamento.
Portanto,
a liberdade está totalmente divorciada do espírito coletivo e só terá sua
vivência plena a partir do momento que nos isolarmos de vez.
Para
deixar uma coisa bem clara: NÃO ESTOU PREGANDO O ISOLAMENTO! De jeito nenhum.
Só gostaria que o respeito voltasse a fazer parte do dia a dia das pessoas.
Pois,
o gay, o nerd, o religioso, o cara que não torce para o seu time, o que não se
veste como você, o que não tem o mesmo gosto musical, o que não tem sua cor de
pele e etc, etc, etc, tem a mesma liberdade que foi conferida a você! A única
diferença é que alguns usam essa liberdade para se acharem no direito de serem
uns completos idiotas!
Então,
meus amigos, esse é o desabafo de um cara que optou por ser “rei livre em seu
próprio reino” e, consequentemente e de certa forma, sozinho.
Liberdade
não deve ser sinônimo de solidão.
Mas
sabe quando isso vai mudar?
Quando
percebermos que a chave que nos liberta não é aquela que abre as correntes que
prendem nossas mãos e pés. Mas aquela que abre nossa mente para reconhecermos a
individualidade alheia.
Aí
sim você poderá dizer: sou livre!
Devemos procurar incluir na nossa vida, apenas aquilo que faz bem à alma e ao coração. Não me sinto obrigada a seguir um modismo para me sentir parte de uma sociedade hipócrita, que delimita, caracteriza e tiraniza o agir com script listando do que se espera de um ser ‘NORMAL ’’Que liberdade é essa?
ResponderExcluirA liberdade é minha essência meu eixo é os meus bons sentimentos. É senti-los independente da opinião dos outros. E pra se viver essa liberdade é preciso ter bravura ousadia, pois é o que nos faz pulsar, e nos leva a desviar de afeição efêmera, fugaz decadente. Liberdade é respeitar os limites às diferenças. Somos distintos, cada qual com sua estrela e com moradas encantadoras, mas com endereços sui generis, que poucos acham e são capazes de entender e sentir. Nessas moradas estão raridades tesouros de calor humano.Acho que entre esses tesouros estar você. Antthonya Antthonya