“DESCONSTRUIR”
Muitos
de vocês devem estar achando estranho essa palavra, mas ao longo desse singelo
texto eu explicarei porque uso a palavra “desconstruir”, ao invés de “construir”.
Pois
bem, o uso foi proposital e direi a razão para tanto.
Muito
tempo a gente perde com coisas idiotas, sem sentido, que só fazem mal para a
gente.
E
digo mais, eu tenho a seguinte teoria “a gente vive várias vidas dentro da
nossa vida”. Isso mesmo, nascemos e morremos durante toda a nossa vida.
Mas
como isso?
Simples,
a vida nada mais é do que uma sequencia cíclica.
Mas
isso não é automático.
Depende
muito de nós mesmos. Para alguns a vida é só uma e assim como começou
terminará.
Para
essas pessoas ouvimos a frase triste dita geralmente em velórios “morreu como
viveu...”
Existe
uma história que, sendo lenda ou não, serve exatamente como metáfora necessária
para explicitar o que estou dizendo.
Há alguns
anos foi veiculada na internet a história da águia. Muitos de vocês já devem
ter ouvido falar sobre isso. Diz a lenda que quando a água atinge uma certa
idade ela sobe ao pico mais alto e se isola por um tempo. Lá, ela quebra seu
bico e arranca suas penas. Novas penas crescerão e o bico se renovará.
Mito
ou não, onde quero chegar?
É
preciso saber a hora de nos renovarmos! De botarmos tudo abaixo e recomeçar do
zero.
Eu
desenvolvi esse costume, mas muita gente não entende.
Muitas
vezes procuro me isolar até que meu bico se refaça e que novas penas nasçam no
lugar das velhas. E, meus amigos, quando costumo chegar no topo da montanha
para fazer isso, podem ter certeza, o estado é precário. É hora de renovar.
Faço isso sozinho, sem muito alarde, só fico quietinho no meu canto,
desconstruindo.
A,
desconstruir...
Chegou
o momento chave do texto!
Por
que razão eu disse desconstruir ao invés de destruir como ferramenta essencial
no processo de renovação?
Porque,
meus caros amigos, muito do que nos desgasta a ponto de precisarmos de um “recapeamento”
(no caso mínimo) ou de um “extreme make over” (no caso mais drástico) é consequência
de nossos próprios atos. Nós criamos situações que nos impedem de sair com
facilidade delas.
Por
essa razão é preciso desconstruir o que começamos errado e levantar nova
edificação, do zero.
Não
basta destruir.
O
processo de desconstrução permite que você perceba cada tijolo errado que usou
naquela construção e não o use novamente.
É um
grande exercício de “espionagem de erros”. A partir daí conseguimos ver o que
fizemos de errado e consertarmos para a nova vida que estamos começando.
Ao
contrário do que muitos devem estar pensando, esse é um processo sadio. Não há
demérito nenhum em começar de novo, do zero. Pelo contrário! Mostra maturidade
suficiente para reconhecer o erro e dizer: “Opa, não erro mais dessa forma”.
Então
meus amigos, desconstrua você também! Nossa existência permite que você tenha
uma gama de vidas diferentes ao longo dos seus anos! Então por que razão você
vai ficar preso a uma vida só?
Depois
disso tudo, fica para você, meu amigo, uma pergunta:
Você
já desconstruiu hoje?
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